A HUMUS, organização brasileira sem fins lucrativos que atua com foco em resposta emergencial e na prevenção de desastres, lança um alerta sobre a importância da informação correta na mobilização de doações em momentos críticos. Com mais de 1.600 ocorrências registradas no Brasil em 2024, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ações preventivas e coordenadas tornam-se imprescindíveis para salvar vidas.
Nas últimas semanas, diversas regiões do Brasil estão enfrentando eventos climáticos extremos, resultando em enchentes e deslizamentos. Em São Paulo, chuvas intensas estão causando alagamentos na capital, incluindo o transbordamento de córregos, e deixando pessoas ilhadas, enquanto o Vale do Paraíba e o Litoral Norte receberam alertas para deslizamentos. Em Minas Gerais, deslizamentos em Ipatinga e Santana do Paraíso resultaram em mortes, com uma família inteira soterrada, e centenas de pessoas ficaram desabrigadas. No Agreste de Pernambuco, chuvas acima da média alagaram ruas e causaram desmoronamentos, incluindo a morte de um homem arrastado pela enxurrada em São Bento do Una. Esses desastres reforçam a necessidade de medidas preventivas e de resposta rápida para minimizar seus impactos.
Um relatório elaborado pela HUMUS, sobre as melhores práticas para doações em desastres, enaltece a mobilização de indivíduos e empresas e as boas intenções de enviar ajuda, mas reforça que muitas iniciativas acabam gerando desperdícios ou sobrecarregando os sistemas locais, devido à falta de planejamento. Doar dinheiro é uma das formas mais rápidas e eficientes de doações, sendo necessário identificar instituições responsáveis da região ou que estejam em atuação em campo. Além disso, é possível oferecer serviços e apoio no local, desde que se tenha capacidade de lidar com as dificuldades características de um desastre, como a escassez de recursos e impacto emocional.
Leo Farah, fundador da HUMUS, reforça: "Doar sem estratégia pode ser mais um problema do que uma solução. É essencial compreender as demandas locais, ouvir as instituições especializadas e agir com responsabilidade. Cada recurso desperdiçado é uma oportunidade perdida de transformar vidas."Ele também destaca: "Doar não é apenas um ato de solidariedade, é um gesto que precisa de informação e planejamento para gerar impacto positivo real."
Outro ponto enfatizado por Farah é a relevância do investimento em ações de prevenção: "Para cada US$ 1,00 investido em prevenção, economizamos US$ 7,00 na recuperação de comunidades impactadas por desastres”, segundo dados da World Meteorology Organization, agência especializada da ONU.
Na etapa das Resposta Emergencial em um desastre, a HUMUS atua em campo com equipes especializadas para auxiliar nas ações de busca e salvamento. Além disso, disponibiliza esforços para:
- Gestão de Abrigo Temporário: Coordenação ou orientação para espaços de acolhimento emergencial de desabrigados em áreas impactadas por um desastre.
- Gestão de Ajuda Humanitária: Coordenação ou orientação para armazenamento, triagem e distribuição de doações em áreas impactadas por um desastre.
- RED (Gestão de Recursos Emergenciais em Desastres): Atuação direta em campo, identificando e viabilizando as reais necessidades de instituições e indivíduos impactados por um desastre.
A HUMUS também reforça a importância de apoiar organizações que já atuam na linha de frente, com expertise e estrutura para atender demandas específicas. Para mais informações sobre como ajudar de forma consciente, acesse o site oficial da HUMUS ou entre em contato pelas redes sociais da organização: www.humusbr.org.br.
Sobre a HUMUS
A HUMUS é a primeira organização brasileira de ajuda humanitária sem fins lucrativos, que atua com foco em desastres em áreas de risco ou afetadas por um evento natural extremo.
Fundada em 2021 por Léo Farah, especialista em resgates, e Fernando Queiroz, especialista em comunicação humanitária, a HUMUS tem capacidade para agir principalmente nas etapas de resposta, de recuperação e, também antes que aconteça, em iniciativas de prevenção através da conscientização e preparação da população em geral ou de profissionais da área.
Portanto, além de apoiar nas ações de buscas e salvamentos em emergências, a HUMUS desenvolve programas que visam capacitar comunidades para enfrentar os desafios que se tornaram mais intensos e frequentes com as mudanças climáticas, sendo cada vez mais importante e urgente compartilhar informações e medidas que possam reduzir os impactos e salvar vidas.
Jamila Araujo